quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

sobre histórias familiares...

Fui jantar com um casal e depois passei na casa de uma "tia" para o chá...
Lá, eu contava algumas histórias quando ela me disse "já pensou em escrever as suas histórias?" Acontece tanta coisa com você...
Tenho um amigo - escritor - que disse que a minha biografia é dele, mais ou menos assim: "você nem precisa ser famosa tem histórias muito engraçadas, EU vou ficar famoso com a sua história..."
Bem - acho que crescer numa família grande - de origem latina ajuda muito a tudo isso. Na casa da minha avó era uma "disputa" para quem contava a maior bravata: cada um ao seu turno tinha que fazer de sua experiência algo hilariante que tomasse a atenção de 20 ou 30 pessoas numa sala. Contar a própria vida e participar da do outro e ganhar intimidade e alegria - ou pelo menos risos de escarnio - era um jogo, onde vencia o que conseguia suspiros e uma pausa de silêncio, com uma admiração contida. Quando criança - sonhava em ter uma família grande também  para reproduzir todo esse entusiasmo, e me armei com uma vida de adolescente e jovem adulta bem "preenchida" de atividades que me garantissem, que na velhice, pudesse deixar meus netos e bisnetos de boca aberta, ainda mais do que eu ficava quando ouvia as histórias dos mais velhos. 
Mas, acho que me perdi vivendo tanto, trabalhando tanto - que não tive talvez, tempo ou entusiasmo para me garantir dessa família que eu queria tanto. Será?


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