terça-feira, 29 de janeiro de 2013

sobre benzedeiras...

Ontem fui ao dentista - e ele atende na rua de uma benzedeira muito antiga, a Dona Rosa, e entre o dentista e a benzedeira mora um "ex". Minha mãe me perguntou se eu nunca mais fui lá: no ex, onde adorava ir tomar café; e na benzedeira, que tinha uma prosa ótima.
Bem, no ex nunca mais fui. Mas ano passado, numa das idas ao dentista fui visitar a dona Rosa. Pense que cheguei lá ela está bem velhinha, até meio cega. 
E aí, no meio da prosa ela me pergunta: "você conhece a dona Maria, minha vizinha?" (A mãe do ex.) Eu respondo: "não, não conheço" e então ela completa: "nossa podia jurar que ela tinha vindo aqui falar de alguém que era você que namorou o filho dela - rezei tanto prá vocês dois voltarem - ah! mas não era você... mas um rapaz tão bom, tão bom, uma família de bem, uma mãe tão devotada..."
Minha mãe me perguntou como pude mentir prá Dona Rosa que é vidente e tudo. Respondi: "ah mãe - não sei - mas pelo amor de Deus né? Fui lá rezar por outra coisa"...
Moramos no Brasil - temos benzedeiras por todos os cantos, católicas, espíritas, espiritualistas, enfim: pessoas de Deus. Estou falando dessas mulheres que por um dom se sentem tocadas a orar pela vida das pessoas. Todos nós precisamos acreditar que estamos protegidos, e - se alguém se oferece a nos proteger em nome de Deus: Amém.
E cá entre nós: reza - todo mundo precisa. Se é pelo bem, que mal tem?

sobre as certezas...

As mães podem ser as piores - mas também as melhores pessoas do mundo: afinal se você é filho - sempre será ela que estará assistindo a sua vida de camarote!
Ontem saí com o meu último "ex" - fomos ao cinema - foi ótimo. Ele é excelente companhia, um homem bonito, cheiroso, querido e educado. "Linda o que acha de nós pensarmos em ficar juntos de novo, ir construindo alguma coisa..."
É bom se sentir querida, mas: "ah! Então, pode até ser, mas eu ainda não esqueci que você me deixou em casa em um final de semana que eu tive uma pneumonia e me ligou na segunda prá dizer "putz, final de semana encontrei a minha "ex" e eu fiquei com ela... então tchau!"
Estou carente e sei que ele também está - mas um filme com alguém assim também é uma boa medida. Não tenho idade prá me envolver com alguém que não tenha certeza. Especialmente quando esta certeza eu só tenho de que ele é boa companhia.
Se eu fosse cega de amores, possivelmente nem conseguisse falar com ele de novo. Mas, ele sempre foi meu amigo - antes e depois de qualquer coisa. E honesto - mesmo quando me "traíu" e quis se lançar a outra coisa. Então a amizade vale muito.
Minha mãe sorriu - e disse que eu não deveria nunca esperar ouvir um pedido de desculpas de um homem. E me perguntou por quê eu fui tão rude com ele. Acho que porquê eu também não tenho certeza. Só temos certeza quando nos apaixonamos, e esse relacionamento é sobre outra coisa.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

sobre o Roque...

Hoje fui prá musculação pensando "eu sempre quis crescer e ser diferente..." e aí lembrei do meu primeiro emprego. Tinha um senhorzinho, de cabelos brancos e cara fechada chamado Roque.
O tal do Roque era odiado, nem sabia bem porquê - achava na época que era porquê não fazia questão de fazer amizades e vivia mal-humorado. Mas toda a vez que alguém precisava saber algo "difícil" - na época não existia o Google mas existia o Roque: todas as pessoas que execravam o velhinho, também íam puxar o saco e pedir prá ele resolver. Um dia tomando um chá - afinal o Roque não tomava café - ele me disse "menina, você me sorri todo dia (falou esboçando um sorriso) você é diferente, mas isso talvez não seja bom..." foi a única vez que falei com ele sem ser PROFISSIONAL.
Lembro de pensar "ninguém gosta do Roque mas que quero crescer e ser assim: de que adianta ser popular e não saber nada: o Roque é o pequeno Buda da aldeia - todos queriam ser como ele..."
E hoje eu sei que as pessoas morriam era de inveja do Roque, porque ele podia dominar tudo mesmo sem agradar ninguém.

sobre datas que foram especiais...

Amei dois homens na minha vida. Verdadeiramente e intensamente - como homem - dois.
Um de 14 de julho - falecido em outubro ou novembro (27 eu acho) - apenas tenho mal estar nas duas datas, muito depois eu me lembro que são datas ligadas a isso.
E o outro de 23 de janeiro. Sempre lembro que era aniversário dele. Foram só 3 aniversários dele que acompanhei, mas isso ficou marcado. Fui eu que terminei - em março, última semana do mês, por telefone - infantil. Mas não foi uma relação que permitiu maturidade.
Dois anos atrás liguei no aniversário dele - o vi com uma criança nos braços no clube e liguei à tarde. Perguntei se era aniversário dele e a menina era filha dele - talvez num romper de ansiedade. Ele respondeu que sim: os dois e emendou:
"é meu aniversário, e sim tive uma filha depois que você teve tantos..."
eu respondi:
"puxa então parabéns pelos dois!! Pelo aniversário e pela filha...
Mas, eu, infelizmente - não tenho nenhum filho..."
ele interrompeu:
"está chamando a minha mãe de mentirosa? Ela me contou a cada gravidez que você teve o que era o bebê e de que tamanho você ficou..."
eu:
"nossa, não tive nenhum filho - ela deve ter se enganado... jamais chamaria sua mãe de mentirosa: quantos filhos ela disse que eu tive?"
ele:
"seis, incluindo uma gravidez de gêmeos!"
NOSSA! Nesse momento calei no telefone: esse homem morou muitos anos fora, e ficamos mais tempo ainda sem contato: E MINHA MELHOR AMIGA ERA A MÃE DELE!
Eu digo sempre: MULHER NÃO TEM MELHOR AMIGA. Mas mãe 'né? E o papo que mãe só quer a felicidade do filho? Puxa quando eu olhava esse homem eu chorava de felicidade. A raiva subiu. Me deu vontade de dizer: "é verdade, e o pai deles vende craque, e eu fumo! Então agora tenho que desligar porquê as crianças estão vendendo a mercadoria e eu tenho que passar recolher..." (já que eram umas 19h). Não disse. Engoli seco.
Fui educada e desliguei. Mas fiquei pensando: 'é o tiro saíu pela culatra! Quis tanto tanto tanto... E sabia que a "velha" também queria tanto tanto tanto... e me pús nas mãos dela: e fui esmagada tal um passarinho na mão de criança má...'
Viver não é fácil. Sobreviver é mais difícil ainda.

sobre cartomantes...

Ontem fui a uma cartomante.
A senhora que me atendeu - com uma imagem de Nossa Senhora da Rosa Mística imensa na sala, irmã de padres e de freiras - era uma graça: simpática, querida, linda.
Abriu minha sorte e me disse: "nossa - no passado o seu amor foi roubado e hoje tem alguém aqui cortando a linha do amor desse homem: ele tem um filho: a ex-mulher! Uma cachorra: ela fez macumba prá ele!"
Ok. Acredito MUITO na maldade humana. Acredito em macumba - como diz o ditado espanhol: "não creio nas bruxas, mas elas existem" e é verdade. O que é ruim, vem do olhar humano. Tem gente que olha uma planta com INVEJA e a planta SECA. É o tal do olho de secar pimenteira.
Já vi maldade derrubar planta e muitas outras coisas.
Com a minha bondade - ao contrário - nunca pus ninguém em pé.
Se fosse psicanalista diria: a maldade é bruta e o amor é sutil e sofisticado, é isso. Se fosse espirita diria: a maldade é uma força primitiva e o amor é sutil e sofisticado, é isso. E poderia falar em muitas outras práticas doutrinárias - e em religião: Caim matou Abel, Judas traíu Jesus, as pragas do Egito o "destruíram" duas vezes - e agora não está diferente.
O caso é que a maldade sempre vence nesse mundo. Mas se você não é um malvado de grandeza natural e bruta: acabará morto como Abel, Judas e o Egito. Eu não estou morta mas estou destruída.
Os amores me destroem.
Não sei bem, mas acredito que a sofisticação na personalidade me fez perder o ódio e a brutalidade que no sexo podem fazer ligar duas pessoas indefinidamente. Acredito que a tal "cachorra"possa destruir muita coisa: inclusive esse homem que me interessa, inclusive EU- inclusive qualquer coisa.
Destruição, morte e infelicidade são ações fáceis e podem até ser fortuítas.
Construir, dar a vida e ser feliz está na mira dos invejosos e são quase impossíveis de sobreviver neste planeta.

domingo, 20 de janeiro de 2013

sobre se sentir só...

Nos domingos - quando fico em casa como hoje - e assisto um filme triste (uma lição de amor - am Dawson (Sean Penn) é um homem com deficiência mental que cria sua filha Lucy (Dakota Fanning) com uma grande ajuda de seus amigos. Porém, assim que faz 7 anos Lucy começa a ultrapassar intelectualmente seu pai, e esta situação chama a atenção de uma assistente social que quer Lucy internada em um orfanato. A partir de então Sam enfrenta um caso virtualmente impossível de ser vencido por ele, contando para isso com a ajuda da advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer), que aceita o caso como um desafio com seus colegas de profissão.)
Sinto uma vontade imensa de ter a minha mão apertada por um homem que me ame, de sentir o peito dele próximo a mim, para eu poder me "escorar". Um abraço e um chamego no final de semana são as coisas mais humanas que uma pessoa pode ter, e disso eu sinto muita falta!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

sobre a falta de educação...

Dizem que educação é como roupa: cada um se veste como pode - tem os reis e os mendigos...
E roupa - a qualquer momento dá prá arrancar, já que não é parte do próprio corpo.
Caso é que não se deve sair pelado - deixando toda a sua intimidade a mostra.
Eu mesmo, sou uma pessoa muito educada - até que precise mostrar meu outro lado - mas isso não é regra é excessão - tem que me tirar do sério para eu sair "pelada"por aí...
Bem, hoje fui ao shopping fazer um lanche, e em um quiosque da praça de alimentação estava uma mulher de saia e camisa de seda, muito bem vestida DEBULHANDO FALTA DE EDUCAÇÃO - NUMA GRITARIA SEM FIM COM A ATENDENTE... A atendente está trabalhando: queria ter perguntado "Madame a senhora nunca trabalhou?" Contudo era obviu que não.
As atendentes no balcão, umas meninas, ficaram com os olhos em lágrimas, primeiro pensei que as atendentes deveriam ter um botão prá dar choque em clientes assim, e depois voltando a realidade falei: "pois é, educação é coisa que já era - mas tem gente que devia era comer NO COXO!"
Sério, aí fiquei pensando... que botão prá dar choque nada: devia ter um botão de ejetar esse tipo do planeta, e que eles - ao entrar no espaço sideral desintegrassem, e ninguém nunca mais ouvisse falar...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

sobre histórias familiares...

Fui jantar com um casal e depois passei na casa de uma "tia" para o chá...
Lá, eu contava algumas histórias quando ela me disse "já pensou em escrever as suas histórias?" Acontece tanta coisa com você...
Tenho um amigo - escritor - que disse que a minha biografia é dele, mais ou menos assim: "você nem precisa ser famosa tem histórias muito engraçadas, EU vou ficar famoso com a sua história..."
Bem - acho que crescer numa família grande - de origem latina ajuda muito a tudo isso. Na casa da minha avó era uma "disputa" para quem contava a maior bravata: cada um ao seu turno tinha que fazer de sua experiência algo hilariante que tomasse a atenção de 20 ou 30 pessoas numa sala. Contar a própria vida e participar da do outro e ganhar intimidade e alegria - ou pelo menos risos de escarnio - era um jogo, onde vencia o que conseguia suspiros e uma pausa de silêncio, com uma admiração contida. Quando criança - sonhava em ter uma família grande também  para reproduzir todo esse entusiasmo, e me armei com uma vida de adolescente e jovem adulta bem "preenchida" de atividades que me garantissem, que na velhice, pudesse deixar meus netos e bisnetos de boca aberta, ainda mais do que eu ficava quando ouvia as histórias dos mais velhos. 
Mas, acho que me perdi vivendo tanto, trabalhando tanto - que não tive talvez, tempo ou entusiasmo para me garantir dessa família que eu queria tanto. Será?


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

sobre a Igreja Ortodoxa - Catedral de São João Batista...

Hoje acordei cedo, tomei café da manhã com panetone na casa da vó.
Depois fui prá ginástica. E, saindo de lá, resolvi ir até o Centro Espírita para tomar um passe, no caminho parei e almocei - e continuei caminhando...
Até que cheguei a uma Igreja Ortodoxa, que sempre passo pela frente (na avenida Kennedy) mas nunca tive a oportunidade de parar. Como hoje estava a pé e vi uma mulher saindo pelo estacionamento a pé, avancei e perguntei "oi! A Senhora sabe me dizer se a Igreja está aberta?" - ao que ela respondeu: "nossa! nunca me interessei - só paro o carro aqui e olhe lá!" Fiquei triste - como pode? Eu mesma tenho dúvidas se acredito ou não na existência de Deus... mas o mínimo de respeito com o trabalho do homem que projetou, o que executou, a construção enfim é humana. E em todas as Igrejas que eu passei - e tive o prazer de entrar - sempre na amplidão do silêncio encontrei paz - e a grandiosidade delas sempre me despertou admiração. Logo, são sentimentos bons que são evocados ao entrar em ma Igreja... Olhei para direita, e vi um Banco grande e outra grande empresa e pensei: bem, duas instituições para gerar e cuidar de dinheiro... Será que os funcionários ficam tão impregnados da materialidade de seu dia a dia - que não podem se interessar ao menos pela arte e possibilidade humana, afinal: educação não tem nada a ver com Deus ou com o Diabo: então vamos deixa-los fora disso.
Catedral de São João Batista na avenida Kennedy
Bem, circundei a Igreja ela estava fechada - uma pena. Minha avó que já não vive me ensinou que toda vez que entramos numa Igreja que nunca fomos podemos fazer 3 pedidos e se fizermos com fé, eles se realizam: e todas as vezes que repito essa nova experiência me sinto aquela criança crédula acompanhada da avó: e isso também é bom. Vai ver, aquela mulher amarga nunca teve avó, e por isso perdeu a chance de ter sonhos e imaginação: pior prá ela, melhor prá mim. Na saída tirei uma foto, que ficou linda... E aí talvez você também possa se perguntar por que ela nunca teve curiosidade.


Nos fundos fica esse tal estacionamento, à direita, e à esquerda um lindo e pequeno jardim, acompanhado com árvores - até uma laranjeira - um lugar muito bonito. MESMO.
Pena que hoje tenhamos tanto vandalismo e portanto as Casas de Deus tenham que ser fechadas para os homens. É isso.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

sobre se sentir só...

Eu sou o tipo de pessoa que parece nunca estar só.
Sou de uma família enorme, meus pais incentivaram todos os tipos de atividades para que eu e meus irmãos tivéssemos contatos com outras crianças, outros adolescentes, outras pessoas.
Curitiba foi uma cidade pequena - e eu cresci com o seu crescimento.
Então quando era menina - e aumentava o meu circulo de amizades - ficava toda faceira por conhecerem meus avós e meus pais e ser de uma "família de bem".
Na verdade, a medida que o tempo foi passando - fui aprendendo que os interesses das pessoas pela vida e pelo mundo são tão diferentes quanto elas mesmas; e aí, eu também fui me percebendo muito diferente. Isso me deixava triste. Me fazia sentir só.
Queria ser como todo mundo! Queria casar, ter filhos, trabalhar. Ponto.
Puxa vida: trabalhar eu consegui. Não em grandes empresas - não no governo - não fazendo tropas de amigos... Trabalho sozinha. Tem o seu glamour... Mas não era a vida que eu invejava.
Essa vida de estar só no trabalho e não ter um parceiro pra dividir a vida era algo que eu nunca pensei, mas que eu vivo então... Não tenho marido nem filhos, nem aquela casa grande com um jardim lindo. Vivo num espaço pequeno, entulhado de coisas: livros, roupas, acessórios e tudo o mais que uma adolescente adoraria ter. Tenho uma conta no banco, há mais de 20 anos. Cartão de crédito. O nome limpo na praça. Tenho liberdade total de ir e vir. Mas tenho consciência. E essa consciência é o meu juiz: que me diz a hora de acordar, arrumar as coisas e ir pro trabalho - estudar ou o que seja. Essa consciência é muito mais rígida do que os pais que eu tive...
Nunca lagarteei a vontade, nem bebi até passar do ponto ou  me joguei na vida.
Não: "tu deves ser uma boa filha: uma boa menina: honesta!" E esse imperativo me limita um tanto a liberdade que o mundo me oferece. Boa noite!

domingo, 13 de janeiro de 2013

sobre mulheres solteiras...

Basicamente existem dois tipos de mulheres solteiras, as santas e as putas.
As santas são as mulheres sérias, que vivem triste por estarem sozinhas. Se ressentem por ser tão difícil se apaixonar, e sofrem muito na solidão. (E, claro, ficam anos no claustro se amargurando).
As putas são as mulheres alegres, vivem felizes por estarem sozinhas. Se regozijam por ser tão fácil se apaixonar a cada noite por um homem, e não sabem o que é solidão. (E, claro, estão sempre acompanhadas).
Moral da história: os homens dizem que querem mulheres sérias, mas não aguentam a sua tristeza, por isso sempre estão acompanhados pelo segundo tipo: pois as alegres os distraem... e aí, já viu.

porquê gente boa é gente boa e filho da puta é filho da puta.

Isso é um ditado popular "gente boa é gente boa e filho da puta é filho da puta".
Não sem mais: todos nós somos animais: Darwin nos descreveu muito bem, estamos no topo da escala evolutiva: imagina só! Então - parece que temos duas opções: sermos educados e gente boa, ou seguirmos nossos instintos e sermos filhos da puta... o que acontece é que, se você é gente boa - vai ser a vida toda atravessado por um bando de filho da puta!
Essa é a  Lei: e aí, você que é gente boa - quando dá uma de filho da puta - ninguém admite e nem acredita: aí não pode!

sábado, 12 de janeiro de 2013

ainda - sobre a timidez...

Eu como tímida posso dizer... guardamos tudo - pela vergonha, pelo medo, pelo embaraço...
E os sentimentos se intensificam dentro do peito, da mente e ficam fervendo dentro do corpo todo, como cozinhassem numa panela de pressão: e aí - por a boca ser o orifício que vasa o que temos de mais íntimo muitas vezes assustamos (a nós e aos outros) com a explosão. Algo que era somente líquido (humores) e sentimentos se espalha e toma o vulto de alguém sem limites ou limitações...
De nada adianta que o freio da timidez recolha tantas coisas por tanto tempo, se os sentimentos não cabem prá sempre dentro do peito apenas para nós - o que sentimos é por outros e para outros - e deve haver uma forma de soltar tudo isso de forma mais branda e menos assustadora...





sobre timidez...

Fui uma criança falante - sou uma adulta falante...
O que as pessoas não sabem é que essas pessoas falantes como eu, falam prá preencher um vazio e esconder um buraco imenso: são pessoas carentes de atenção que tentam com palavras capturar e envolver um interlocutor, para que ele olhe para a história e não veja os mil defeitos que essa pessoa acredita ter... quanto mais loquaz, mais certa de não ser tudo o que queria ser, mais certa do seu tamanho de ser humano cheio de limitações...
Agora porquê parece exibida uma pessoa que no fundo de si - é a mais tímida de todas.
Timidez é algo que dá tanta vergonha prá quem tem: que se disfarça de falante, prá nunca ninguém saber disso...

sobre um tipo de jornalista...

Hoje encontrei um amigo da época da infância. Ele é jornalista de uma emissora local e tem um cargo ancora de reportagens. Não éramos realmente próximos mas tínhamos uma grande amiga em comum.
Enquanto fazíamos ginástica num sábado a tarde, jogamos um tanto de conversa fora.
Perguntou se casei, disse que não. Perguntou da minha irmã - disse que casou e separou em 3 anos. Ele me disse: eu também, casei e separei em 3 anos - nessa semana entrevistei uma psicóloga que disse que hoje a crise é de 3 anos - com um tom que fazia acreditar que a validade de uma relação nos dias de hoje está "fadada" a isso. Quem é essa psicóloga e pior: por quê ele tomou isso como verdade?
Para amenizar eu disse: "bem, somos de uma geração criada para trabalhar, mais do que se relacionar: estimulada a criar e se criar na profissão - e um relacionamento exige que estejamos dispostos a abrir mão de uma série de coisas da vida individual para ter uma vida de casal..." ele me interrompeu: "nada... imagina: você TEM QUE TER A SUA VIDA - e não fomos criados pro trabalho, fomos criados prá consumo - e para consumir temos que fazer dinheiro". Bem, prá mim ficou claro que fomos criados e educados para diferentes fins... E aí perguntou: "você não se animou a casar depois daquele namorado que morria de amores?" Eu respondi: "ah! Não é todo dia que nos apaixonamos..." ele me interrompeu e disse "mas uma relação não é feita disso... você precisa construir muita coisa..." eu interrompi: "é, mas eu sou incuravelmente romantica, e espero um dia ficar junto e construir uma história por alguém que o meu coração pulse mais forte... porquê de água fria e vida morna o mundo é cheio não é verdade?" - ele se irritou e me deixou falando sozinha. Ok...
O mundo é feito de pessoas assim: que não sabem e nem querem aprender a dividir. Isso é egoísmo e isso mata as relações. Mas então melhor acreditar que "hoje" - as coisas são assim - 3 anos é o prazo de validade, afinal, se tiver que pensar que tem a ver com você e com a sua escolha de parceiro vai dar muito trabalho...
Fiquei pensando, quando era criança pensei em ser jornalista para poder tocar as pessoas com as minhas palavras e talvez, poder mudar o mundo assim. Fico feliz que não tenha estudado prá isso. Não queria ser alguém que dá notícias e não se importa mais: nem consigo, nem com os outros. E que acabou só por não saber dividir - abrir mão - e ainda assim, afirma que "hoje a crise acontece aos 3 anos" em tom de manchete para uma conhecida de infância.

sobre o muro de Washington d.C.



Estou vendo NCIS na tv a cabo: adoro esse programa! E aí a cena com a longa parede em homenagem aos soldados desaparecidos: a fala do personagem na tv é: "quem se vê de frente a esse muro para". E eu penso, é verdade. A morte é o próprio desaparecimento: e isso é permanente. Todos sabemos que iremos, mas ler o nome de seres humanos com uma data de nascimento e uma de desaparecimento ou morte faz você pensar ao que você dedica a sua vida. E a emoção é indescritível. Amei.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

sobre casas alemãs...

Quando era criança e via as construções alemãs de 1900-20, que tem uma arquitetura bem particular ficava bem maluca: dizia: "quando crescer quero ter uma dessas! É igual a casa de bonecas!"
O meu avô tinha um sócio alemão, será que eu tinha entrado na casa dele - não lembrava - mas sabia.
Nos meados de 2000 fui fazer aula de alemão e descobri o que tinha de encanto nesse meu "sonho infantil"- parece que as casas na Alemanha são casas de 3 pisos - que contam com porão e sotão.
Um porão com lavanderia e um quarto de hobbie para o homem e um sotão com depósito e um quarto de hobbie para a mulher. Também tem sala de leitura, de estar e copa cozinha. A maioria delas jardins!

Meu Deus: é isso que eu quero: espaço! Quarto do casal com closet, espaço de leitura, escritório e quartos dos filhos, banheiros e lavabos...

Descobri que os alemães gostam de separar o que eles fazem dentro de casa (pelo menos isso me disse meu professor de alemão) - e eu, diferente de pessoas "malucas" que começam a pensar em se mudar para aquele lugar de sonhos, comecei a imaginar quando teria a oportunidade de ter alguém especial, o homem que o Gordo dizia que ía se interessar por mim... e aí fazer esse lugar de sonho para viver uma grande realidade com ele: em uma casa alemã onde eu seria prá sempre a sua boneca.

saudades do Gordo.













Nesta época do ano sempre fico mais triste.
Acreditava que era uma espécie de "ressaca"das festas de final de ano, nas quais sempre passei sozinha.
Hoje contudo me lembrei de algo muito importante. Dos meus 12 aos meus 21 anos tive um melhor amigo - vou chamar carinhosamente como eu chamava - "Gordo". O Gordo era um rapaz magro, 5 anos mais velho que eu - muito bonito e inteligente - tão só quanto eu. E todos os natais, me ligava e dizia "Gorda, o que você está fazendo? Vamos gastar as calorias do Natal..." E íamos andar em algum lugar, correr, nadar, mergulhar e esquecer que não tinhamos ninguém. No último Natal que fizemos esse passeio ele me disse: "Puxa Gorda - nós não devíamos ser tão amigos, tenho um respeito por você maior do que pela minha irmã... agora nem tem graça: sabia que eu sinto que nunca vou conseguir formar família que é a coisa mais importante no mundo prá mim. A única mulher que eu admiro é você - mas você é A Gorda - minha irmã - minha amiga  - quase um cara prá mim - não vai rolar..." e ele ria muito. Sempre debochava de nossa amizade, pois muitas pessoas faziam insinuações e ele se partia de rir: como fosse um absurdo insinuar que poderíamos ser um casal: eu ficava brava... mas ele gargalhava! E depois eu ria de tanto que ele ria.
Mesmo que prá mim ele também fosse O Gordo - era o meu melhor amigo - meu irmão - quase uma amiga (afinal, como ele dizia: "não se iluda, mulher não tem amiga").
Agora não tenho nem ele - que era a minha única amiga de verdade - e nem amiga.
E como ele, não me interessava deliberadamente por qualquer ser humano - sexualmente - digo.
E por isso estou só - e fico brava com você "Gordo" - que morreu e me deixou na roubada.
Mas escrevendo tudo isso, fico pensando que: se você pudesse me ler agora estaria gargalhando e dizendo que eu sou uma boba e que você nem era tão importante. Que eu estou carente e devia ir procurar algo que me fizesse feliz. Ía dizer: "Não chore Gorda! Chorar deixa uma mulher muito feia e com rugas: aí sim vai ficar sózinha prá sempre..." E eu ía beliscar ele, ou dar uns tapas - merecidos! E ele ía morrer de rir e dizer: "'tá vendo Gorda, você no fundo - apesar de ser meu melhor amigo - é boba e ofendida como qualquer menina! Assim não dá, um dia você arruma um namorado e eu vou sobrar!" E ía se partir de dar risada e eu ía ficar brave e acabar rindo muito dele...
Saudades de você Gordo e do quanto me fazia ver o quanto eu era boba e podia rir disso!
In memorian de você que foi meu melhor amigo e desencarnou em janeiro.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

sobre a preguiça...

Cresci ouvindo o meu pai dizendo que todo mundo era igual - o que separava ou diferenciava uma pessoa de outra era a preguiça. "A Preguiça é a mãe de todos os males: não admito filho preguiçoso!" Meu Deus - somos em 3 - nenhum dos três preguiço, contudo de uma personalidade feroz.
Acredito hoje que a "raiva" que dava dele exigir tanto de mim, hoje eu tenho das pessoas que vivem no macio da preguiça! E veja bem, o mundo é um lugar cheio de preguiçosos, indolentes e criaturas que querem tirar vantagem de tudo... ser-humano é um tanto isso.
No entanto eu não posso! Não devo! Amo tanto ao meu pai jamais o decepcionaria! Acordo cedo, faço as minhas coisas, vou pro meu trabalho, ajudo os outros e estou sempre pronta prá mais uma tarefa: afinal - quem eu mais amo ODEIA PREGUIÇOSOS - e eu não podia ser odiada! Me fiz ser amada PRODUZINDO.
Ainda hoje, nas minhas horas de folga ou de ódio da preguiça do mundo: escrevo. Não posso ficar à toa e desfrutar da preguiça: esse "bem" me foi tirado. Estudo e leio muito também. Contudo, todas essas exigências que foram do meu pai, e as assumi prá mim: pois me exijo muito mais do que ele exigiu, me fizeram uma mulher com uma percepção impar. Ao menos, uma percepção invejável e o desenvolvimento de várias habilidades aconteceu: mas, isso tudo me fez prestar mais atenção a como o mundo é, como as pessoas são e me colocou para me diferenciar e crescer.
Agora na minha vida adulta sei que o que meu pai dizia era mentira, não somos todos iguais. (Nem meus irmãos são parecidos comigo tendo tido a mesma criação...) Cada um é um pouco do que recebe e o que constrói com isso. É um misto de todas as coisas e - a preguiça influencia sim: e de uma forma muito simples ele ensinou isso aqui em casa.
O lado ruim é que as vezes, olhar o mundo feito por Deus em uma semana, com o ser humano se apinhando como cupins nas grandes cidades e querendo tudo prá si e nada pros outros, vivendo o mundo cão onde não se calcula o bem, o bom: pois o bem e o bom não admitem preguiça. Mas o mal e o mau sim: é só dar rasteira, falar mal do outro, denegrir, roubar, trapacear e outros mil embustes - que dão trabalho mas pouco - e aí é só esperar e assistir...
Fico feliz por ter tido um pai que quis outra coisa prá mim, mas fico triste - muito triste, porquê existem poucos pais que querem que os filhos cresçam, e então o planeta é cheio de criança mimada exigindo ser servida e levar vantagem de tudo, com muita preguiça...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

sobre o seu "ex"... sobre se apaixonar...

Eu, infelizmente estive apaixonada - 3 vezes na vida.
A primeira por um homem maravilhoso que morreu.
A segunda por um homem maravilhoso que não ficou comigo.
A terceira por um homem maravilhoso que ainda estou conhecendo...
O que importa é que as duas primeiras - foram dois relacionamentos - na entrada da vida adulta que me marcaram muito: e o mais engraçado é que demorou 12 anos para eu me apaixonar de novo. E desta vez que sei o quanto isso é raro - trato com a delicadeza de quem está frente a uma pedra preciosa... Mas isso é outra história.
Hoje - voltei para academia depois de algum tempo - fiquei 8 anos sem frequentar - depois de encerrar com o meu segundo grande amor. Todas as pessoas em comum frequentavam esse lugar e para mim era penoso olhar para qualquer uma delas. O olhar me perguntando por quê não estavamos juntos mais me condenava: eu tinha terminado - ele era infantil e eu não tive maturidade para esperar que ele crescesse. Me arrependi por ser orgulhosa e nunca voltar atrás por muitos anos - mesmo que não tivesse a idéia clara: amor próprio também cega e só sabia de um mal-estar - tinha esse mal estar que me deixava com vergonha. Na época acreditava que a vergonha era dos outros, hoje sei que a vergonha era de mim. De ser tão orgulhosa. Mas aí está a graça da juventude, ter a coragem de tomar decisões e se agarrar a elas com toda a energia do mundo: e a minha foi terminar aquele relacionamento com o homem da minha vida. Enfim...
Voltando a academia, hoje encontrei muitos amigos dele: desse "ex", aos quais - 12 anos depois - posso tratar com naturalidade e até uma alegria, afinal, foram meus amigos de infância e adolescência e fazem parte da constituição da minha história.
Fiquei pensando comigo, sorrindo ainda: "já não sou jovem, mas eles ainda me olham com o olhar de admiração da juventude - mas eles também não são mais jovens... essa coisa do corpo envelhecer e o espirito permanecer assim, tão lívido, é algo que chega a dar uma sensação de loucura... mas, isso é bom: ainda sou uma mulher bonita - desejável..."
E vim pela rua feliz, sorrindo como uma adolescente, afinal de contas, nesses meus anos de "reclusão"(onde me dediquei a formação científica e ao trabalho) não tive outros homens: vivi um "claustro"- quase como um castigo de ter negado a oportunidade de amar que a vida tinha me oferecido: e isso me fez sentir feia, feia e má. Acredito que o frescor da maturidade e o esquecimento das pessoas que eu era "a mulher do dr. Fulano" me fez sentir uma mulher bonita mais uma vez.
Sem a culpa de ter desprezado o melhor da vida: a possibilidade de estar apaixonada, amando - a mando do coração.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

sobre cachorro-quente e outras porcarias...

Hoje fui à "carrocinha" mais tradicional de Curitiba comer um cachorro quente: 9 reais e 80 centavos um "tradicional"; e combinações valendo até 16 reais e 80 centavos. Meu Deus - isso é um assalto!
Ontem, em um "botequinho", em uma boa região da cidade: uma cerveja R$ 9,90 e cada dose (2) de Isaura Licorosa R$ 9,80 - total da conta R$ 32,60. Meu Deus - já tinham me assaltado ontem!
Ontem estava com um amigo, e já era tarde, e queríamos trocar uma prosa - que durou isso: uma dose de Isaura Licorosa (no copo de martelinho prá cachaça 80 ml) prá cada um, e uma cerveja Bohemia de 600 ml dividida em dois. Logo, por praticamente 760 ml de bebida alcóolica popular: R$ 32,60. E, claro, tivemos que pagar...
Hoje, ao pegar o cardápio mais cedo, com a filha adolescente de um amigo, andei mais um tanto - e veja bem - numa carrocinha mais adiante: o meu cachorro quente "especial - duplo"a R$ 4,00 e o da minha acompanhante "com frango catupiry e prensado"a R$ 4,00.
ISSO É PREÇO DE CACHORRO QUENTE. Paguei o lanche com gosto.
Se eu sair prá comer uma comida refinada ou beber um vinho de boa safra em um lugar decorado, não ligo: acredito que é caro mesmo. Tem o custo do ambiente, do preparo das pessoas, do preparo do alimento ou armazenamento da bebida - e o preço está aí - se não quiser pagar, é só não entrar.
Agora, você entra no boteco, pede a bebida que a apenas um tempo atrás saíria 12 reais: 4 reais da cerveja e 3 reais de cada cachaça e a conta vem duas vezes a mais: ASSALTO!
Hoje fiquei feliz de entrar no estabelecimento cercado de carrocinhas e pegar o cardápio antes. Veja bem pão + salsicha + salada + batata palha (maionese e molho de tomate) só se for para servir a família toda numa média de dez a dezessete reais, vou no mercado e compro prá família toda, e prá comer com refinamento na calçada, bem posso servir aqui na frente de casa...
Posso até parar e pensar "será que estou ficando morrinha?" Mas aí vem o ditado popular que me salva:  "rasgou dinheiro e comeu cocô - está louco com certeza!"
Afinal, porcarias nacionais, deveriam ter preços populares ou não?

sobre a volta ao trabalho

Voltar de férias é sempre um misto de preguiça e entusiasmo: preguiça de abandonar os hábitos prazerosos de descanso e entusiasmo de recomeçar algo que se ama muito...
É difícil e é fácil: mais: é necessário e parte da vida - isso!


domingo, 6 de janeiro de 2013

sobre pessoas que trabalham prá você...

... hoje cheguei na portaria do prédio a 01 da manhã.
Sim - um amigo veio jantar aqui em casa, e saímos as 23 h - tomamos um chope aqui do lado, e depois de conversarmos sobre natal, ano novo e o que aconteceu neste final de ano, ele me trouxe até em casa - pegou um taxi e ao entrar - surpresa: uma "ex" faxineira do prédio está cobrindo a folga do porteiro da noite. Não foi a primeira vez que a encontrei na portaria cobrindo folgas, mas hoje resolvi sentar no sofá e trocar um dedinho de prosa.
Gosto muito de conversar com pessoas simples - de pouca instrução universitária. Dessas que nem fazem idéia do que é "alma mater." Me faz admirar o ser humano em sua essência: pois essas pessoas simples - mas que trabalharam muito e ainda trabalham - ficam a espreita.
Explico - essas pessoas tem a chance de observar as pessoas complexas que vão a alma mater. e se formam doutores e - com uma sensibilidade impar, que a vida confere - elas podem falar claramente sobre problemas que muitos levariam meses, anos para localizar.
Essas pessoas simples, não complicam no raciocínio, pois não se perdem em longas tramas mentais. Tramas mentais complexas de hipóteses e possibilidades bebidas na alma mater. Essas pessoas simples são conectadas no próprio afeto e apegadas a isso que a vida tão generosamente oferece de graça: algo instintivo - burilado pelo contorno das palavras - que vai direto e certeiro como uma flecha.
O afeto que parte do coração não erra, pois tem um sentido próprio: cheio de verdade humana.
E é isso que me emociona e me envolve nessas pessoas, que elas tem algo fundamental: tanto que vamos a doutores para recuperar e reviver: A CONECÇAO COM O AFETO.
Nos desenvolvemos tanto universitáriamente que perdemos a conecção com o nosso mais verdadeiro sentimento - porquê sim: as tramas mentais prendem o coração, o amarram, o apertam, o afogam, o sufocam, até o deixar um tanto débil - a ponto de precisarmos de ajuda de um especialista para podermos ser simples mais uma vez.
E aí, em contato com alguém assim, eu fiquei na portaria até 02h38... quando então me dei conta que era hora de subir prá dormir.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

sobre homem traído...

Uma pessoa muito próxima foi traída há muito tempo atrás...
Fui eu quem levantou o pano e mostrou a cena de horror: conclusão: esse homem me disse: "você acabou com a minha vida - destruíu meus sonhos de amor - se eu não soubesse estaria com ela e teríamos tudo pela frente: a vida, uma família..." e só voltou a falar comigo 4 anos depois com muita reticência.
Meu irmão - eu não sobreviveria com uma cunhada puta - ele não sobreviveu bem sem ela. Vai saber: eu criei a "moral do corno": "olha lá meu amigo (o cara diz pro próprio documento) é noix!! Não tem prá ninguém: ela pode brincar com o documento que quiser: mas quem bate mesmo somos nós, ela vai, mas não encontra nada melhor: é por isso que ela volta..."
Na minha opinião - ainda não existe explicação melhor. Afinal, conheço muitos homens traídos que, independente de que tipo de "puta" seja a mulher que o acompanha: não larga ESSA MULHER por nada. 
Freud explica?
Bem ele diz que o masoquismo é primordial e estrutura um ser humano. Deve ser isso.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

amor...

Será que o amor existe?
Sei que sim pois sinto ele forte dentro de mim: é algo estúpido e sem sentido que me liga a muitas pessoas, mesmo que elas não "retribuam" a dedicação... a algumas coisas... a meus ideais...
Digo "estúpido" pois tem a simplicidade de plantar um feijão no algodão dentro do copinho de yogurte;  mesmo sendo uma "experiência"científica para crianças, com um mínimo de sensibilidade na alma - a curiosidade se aguça, você se apega ao processo, ao feijão, ao copinho que protegeu o feijão, ao algodão que ficou roxinho e recebeu as raízes... e depois sente um drama se for tirar a mudinha dali para por em outro lugar...
Acho que amor é isso: você junta uma série de coisas, como: um grão de feijão, algodão, copinho de yogurte - e rega com água - e dá a sua atenção; e essa semente desabrocha e cresce e responde ao cuidado e quando você vê: também é parte do processo...
Mas concorda que o amor - é a parte mais irracional e incomensurável do processo todo?
Existe... mas nem todos tem essa sensibilidade humana que liga.
Ódio sim: todo mundo tem - desejo de destruir - e impulso prá destruir. E ódio dá prá mensurar: é só calcular o estrago que quem odeia faz, e ver que o ódio passou por ali.
Amor faz as plantas crescerem, crianças nascerem, animais sobreviverem: mas podemos dizer que ele é só um processo científico. Boa noite!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

FELIZ 2013!!



São os votos de:  Maria Clara de Liz


que inicia com você mais um ano de vida agora!!

Maria Clara de Liz

2013

Que este dia primeiro - que é uma "parada universal"- sirva para tomarmos folego e revermos os projetos e planejamento de metas e ações para realizarmos os nossos sonhos no ano que chega, porquê sonhar é bom, entretanto realizar os sonhos é magnífico! FELIZ RECOMEÇO PRÁ TODOS!!