Minha mãe foi uma mulher filha da "aristocracia" - pais bem nascidos de famílias abonadas - pai alcoólatra que morreu de câncer e mãe megera que morreu fingindo um alzheimer.
Enfim - se você conhecesse minha avó talvez também começasse a beber.
Minha avó foi uma mulher linda, elegante e que com um poder de manipulação impar fez o mundo girar ao redor dela. Meu avô, acredito que prá compensar o "egoísmo"da mulher, encheu a criança com mimos: ganhou um piano aos 5, um cavalo aos 7, jóias... um apartamento aos 18 quando casou.
Escolheu casar por amor - se apaixonou por um homem pobre de dinheiro mas rico de princípios, mas que prá não ficar prá trás desse sogro: encheu a esposa de mimos.
Não condeno: você só pode oferecer o que tem, e ela só teve dinheiro e mimos... e aprendeu muito bem a receber: mas "dar"? O que será isso?
Culpa do meu pai, que ao invés de participa-la na pobreza e divisão e construção - ainda tentou suprir e dar mais, e fez todas as vontades - sem pedir nada em troca.
Conclusão: tudo o que ela tem é dela. Não ajuda os filhos. As vezes, na miséria estende a mão como quem dá esmola a alguém precisado - humilha o tempo todo. Diz que cada um tem que aprender a ganhar o seu dinheiro - e claro, não entende que qualquer ser humano queria ganhar o dinheiro do jeito dela. Mas tem algo bom, acho que ela é tão murrinha que escolheu um marido que não bebe - melhor assim, gasta menos - o dinheiro dele e o dela.
Moral da história: crianças mimadas se transformam em adultos tiranos e - egoístas.
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