terça-feira, 7 de maio de 2013

sobre timidez

É claro usualmente pessoas que escrevem ou passam muito tempo elaborando seus pensamentos para colocar no papel, são tímidas. Eu sofro de timidez.
O que é isso? É vontade de sumir quando se sente tão evidente, ou porquê sente tanto que parece que tudo isso está na cara e sendo exalado por todos os poros... é um misto de pudor e discrição - VERGONHA! É ter medo de invadir o espaço do outro pois já se sente invadido por tanto sentimento. Os tímidos são pessoas sensíveis, e essa sensibilidade os invade e os consome - e eles não ficam a vontade com tanto afeto. A minha timidez é isso. E você?

Sobre homens e talvez sobre mulheres...


Sou de um tempo onde os bebês eram reconhecidamente meninas e ou meninos. Estava na cara. É claro, a semelhança que eles, nós e todos os seres humanos carregam pro resto da vida é o sentimento de nesse momento ter parado o mundo e ter sido magestoso. Um bebê sempre é encantador e para tudo a sua volta... Ai que graça um bebê!! Independente de ser menina ou menino, apesar de sua anatomia denunciar: é uma menina, é um menino...
As pessoas crescem e ficam com isso marcado: a vontade de retornar a esse sentimento de onipotência infantil... ser amado incondicionalmente, mimado e inundado de carinho, atenção e todos os tipos de mimos: quando nos apaixonamos damos isso ao ser amado e esperamos o mesmo investimento em troca...
Contudo existem diferenças anatômicas nas crianças, marcadas pelo gênero, que implicam numa série de coisas - no desenvolvimento e na posição que cada um vai tomando conforme o passar da vida. Acontece que vivemos um mundo, onde todos querem SER IGUAIS. Homens e mulheres... iguais: mesmo sem nenhuma possibilidade.

Como é se sentir só?

Você está sozinho - se está, sabe do que eu estou falando...
Você não casou, não namora, nem está ficando com ninguém.
Sente falta? 
Eu sinto...
Sinto falta de alguém prá dividir o mundo comigo.
Desse alguém prá me ligar e perguntar o que eu estou fazendo, o que eu fiz ou o que eu vou fazer: só porquê esse alguém se importa. Sinto falta de cozinhar prá mim e prá alguém que possa dizer se está bom ou poderia melhorar. De alguém prá eu me dedicar, ligar e perguntar o que está fazendo, o que fez ou o que vai fazer: só porquê eu me importo.
Só porquê estou com saudades do seu olhar sobre mim, e do meu olhar cuidando essa pessoa. 
Só porquê a voz desse outro é música pros meus ouvidos e quero que a minha voz embale os seus pensamentos.
Só porquê esse outro me faz vivo e não simplesmente alguém que sobre-vive.
Estar apaixonado é estar totalmente VIVO, ALERTA, FELIZ: e eu sinto falta de ter reciprocidade em tudo isso que eu sinto...
Sinto falta de ser assim: alerta viva e feliz e só porquê estou dividindo o que tenho de melhor: a minha força de viver!!

sábado, 4 de maio de 2013

sobre todo mundo saber o que eu penso...

Ontem falei com um amigo - que tem uma posição social importante e tem um blog com seu próprio nome - acredito que para promover a sua imagem pública e possivelmente alimentar o seu amor próprio. Ele me disse que não pode parar de escrever todos os dias, pois se o fizer o blog vai perdendo a audiência e aí, perde o ritmo, mas que ao mesmo tempo é muito difícil ter todos os dias o que escrever: que dilema...
Esse meu blog é "anônimo". Maria (Senhora) Clara (que é legível) de Liz (lis era a flor tatuada no braço de mulheres contraventoras na idade média - para marcar o que não é políticamente correto mas também verdadeiro e que por isso vai contra o "social") e seus textos são desabafos, como anteriormente fiz em diários... Com a diferença, que aqui - na internet - talvez mais alguém tome "proveito" do que penso na minha solidão, das minhas fúrias - das minhas indignações e de coisas que não são abertas - apesar de tanta informação nesse mundo. São elaborações, que ninguém comenta mas que muitos podem vir a ler e - de alguma forma "se encontrar" comigo e esses meus afetos estranhos, só isso.
Eu fiquei meses sem ter nada prá postar - e hoje tenho uma lista delas, não sei a quantos vai interessar, mas é verdadeiro, é meu e eu quero dividir. E, é isso que importa. Um bom final de semana para mim e todos que também precisam de um ouvido aberto e palavras verdadeiras num mundo tão cheio de aparências.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

sobre o carnaval e bananas de pjamas...

Neste carnaval fui a própria BANANA de PJAMA. Não como os personagens, mas porquê acabei ficando todos os dias em casa - me sentindo uma banana - literalmente: de pjamas. Não teve fantasia - não teve baile - não teve nada. Quando era mais nova - já não era uma pessoa de muitos amigos- mas os poucos que eu tinha se foram - e eu fiquei...
Fiquei porquê era diferente - sempre fui a mais quadrada. Aquela que ficava de fora. Que achava que não precisava fazer loucuras ou quebrar todas as regras prá ser bacana. Quebrei algumas regras sim, mas não as ligadas a moral. Quebrei as regras as avessas: não "ficava", não dava prá ninguém, não bebia até cair e nem me drogava: aliás - quem escolhe viver a vida sóbria - de cara - é assim: chato, chata. Tive meus namorados, aprendi a beber com moderação, fiz as coisas quando me sentia madura para tanto.
E sempre, sempre, sempre - acreditei no amor. No amor que faz o coração bater mais forte, o rosto enrubecer, a perna bambear e o corpo desobedecer. Por esse sentimento desconhecido que faz você querer viver e morrer: de verdade. Foi essa regra que eu quebrei. Não aceitei ter um "par" prá fazer como todo mudo: prá não ficar só - prá ter família e filhos e "viver". Porquê sem esse sentimento verdadeiro, prá mim, a vida não é vida...
Já não sou uma menina - e os meus sonhos diminuem... A minha disposição - prá correr por aí também. Mas a minha fome de amar continua. Por isso, como não gosto de Carnaval - porquê acredito que essa é uma festa vazia - fiquei em casa. Caso saísse - apenas no caso de encontrar alguém contrariado em seus valores (pois foi assim que fui a muitos carnavais) é que me encontraria - e aí seria um acaso de contrariedades - e aí, resolvi não quebrar a alegria da vida e fiquei em casa para variar...

sábado, 9 de fevereiro de 2013

sobre o carnaval...

Carnaval é a festa da carne surgiu na idade média, com o intuito de apaziguar os ainda ditos "pagãos" que celebravam com festas e orgias outras datas pagãs, a fim de estabelecer, no período anterior a quaresma (data de jejum anterior a Páscoa Cristã) uma data que permitisse todos os vícios carnais reunidos e resumidos em 4 dias do ano.
Essa festa é atual e a cada ano - as pessoas tentam extende-la por períodos mais longos e datas outras que não só essa...
A pergunta é: algo tão primitivo - por quê cresce tão vertiginosamente?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

sobre bonzinhos e mauzinhos...

Bem - o que se sabe é que todos somos maus. Todos nós temos a semente da destruição no coração - somos seres humanos: os maiores predadores da cadeia alimentícia. Mas, falamos: e falar institui a diferença da configuração do pensamento, da atribuição de valor, possibilidade de julgamento e assim conhecimento da responsabilidade e sentimento de culpa. Então - aqueles que sentem mais e tem mais sensibilidade na leitura do mundo: tem vergonha da maldade e viram os bonzinhos - é os bonzinhos são os seres que abdicaram da maldade, da detruição e do processo de predação natural e optam pelo que chamamos civilização. O erro do bonzinho é achar que um dia, pode dobrar aquele que é mal. Esquece que enquanto aprendia as suas mirabolantes bondades, que levaram tanto tempo e esforço prá existir, o mauzinho está lá se especializando na maldade: e quando o bonzinho vai do pré de sua bondade o mauzinho é pos doc de destruição.